O Hipismo&Co tem uma seção de entrevistas com os atletas amadores de diferentes modalidades. Mas dessa vez vamos entrevistar um cavaleiro profissional de salto, o talentoso Felipe Juares de Lima.

Felipe  é um dos cavaleiros tops no circuito de concursos no pais. Com 34 anos ele já venceu vários campeonatos importantes. Ele é natural de Curitiba, mas já faz alguns anos que reside e trabalha em São Paulo.

Vamos as perguntas do Hipismo&co para o cavaleiro:

Quando foi a primeira vez que subiu em um cavalo? E como foi?
Acho que foi com quando eu tinha uns 10 dias de vida, pois praticamente nasci dentro da hípica.

Você tem algum cavaleiro que sirva de inspiração?
Tenho alguns sim. A eficiência do Vitor Teixeira, a competitividade do Zé Roberto, a velocidade do Eric Zorzeto e o carisma do Cesinha Almeida, são exemplos que uso como inspiração.

Onde monta?
Haras Jahu em Vargem Grande Paulista – SP

Como é sua rotina de treinos?
De segunda a segunda, das 9h da manhã as 4h da tarde.

Qual foram as maiores dificuldades que enfrentou ou continua enfrentando dentro do meio hípico?
No inicio foi a condição financeira, por ser filho de cavaleiro profissional. Hoje em dia acho que é a politicagem que existe no esporte.

O que você mais gosta no meio hípico e o que menos gosta?
O que mais gosto é poder estar nas competições com os amigos e em casa vendo meus cavalos felizes em liberdade. O que menos gosto é a hora de vender um desses animais.

Títulos mais importantes
Bi campeão do mini GP The Best Jump
Bi campeão brasileiro de Senior por equipe
Bi campeão do GP CSI  Indoor em SP
Bi campeão do mini GP CSI  RJ
Campeão do GP CSI RJ
Campeão do Derby Clube de Campo SP

Qual mensagem pode deixar para os iniciantes no esporte?
Não desistam no primeiro tombo, pois no hipismo cada dificuldade dentro ou fora das pistas e uma lição.

Abaixo algumas perguntas dos leitores do Hipismo&Co.

Pergunta das leitoras Sofia Kotsifas, Fernanda Teixeira de Carvalho, Samira Lopes e Maria Antonia
Qual foi o cavalo que mais marcou sua vida hípica?
Foram dois, os incríveis: Musk e Grafite.

Pergunta das leitoras Ma Capolletti e Duda Witczak
Com qual idade começou a montar?
Comecei a me dedicar e competir com 11 anos e nunca parei.

Pergunta de Louise Odette
Quem foi seu incentivador para começar a montar cavalos?
Foi o Sr. Celso do Amaral, que infelizmente já é falecido. Ele era um grande amigo.
Para que eu subisse em sua égua ele me ofereceu dois chicletes e foi assim que comecei a praticar o hipismo.

Pergunta de Bianca Graça
Quantas vitórias teve?
Puxa, não sei responder exatamente. Mas tenho certeza que foram muito mais derrotas do que vitórias. São com essas derrotas que aprendemos.

Pergunta das leitoras Carolina Verissimo Pires, Nick Zambaldi e Janaína Toledo
Qual foi sua prova mais marcante?
Com certeza o CSI do Rio de Janeiro em 2005 que participei com o espetacular Grafite.

Pergunta de Bruno Rossetto
Qual foi o cavalo que mais lhe deu vitórias?
Musk quando eu era criança e hoje em dia a égua Corline Jmen.

Pergunta de Maria Antonia
Você dedica seus prêmios a alguém? Quem?
Sim sempre. Dedico a minha equipe, que está por trás do meu sucesso. Na equipe temos outro cavaleiro preparador dos nossos animais, o Lucas Canos. Também temos apoio veterinário da Mais Vet. Não esqueço dos tratadores e também dos proprietários, pois também são responsáveis pelo sucesso do cavalo. Ofereço minhas vitórias aos meus anjos da guarda, Duda Marchezi  e Luis Fernando Albuquerque. É é claro que ao meu pai José Juares de Lima, pois ele sempre faz parte das minhas conquistas.

Pergunta de Isa Azoia
Quantas vezes já caiu de cavalos?
Inúmeras, esse ano já tive umas 3 quedas.

Pergunta vinda da irmã do cavaleiro, Françoise Iatski de Lima. (acho que deve ser alguma piada interna deles, coloquei aqui para ver se eles explicam qual é a história do telhado, que está me parecendo alguma arte do cavaleiro)
Quantas vezes andou no telhado da sua casa quando criança?
Nunca!

Pergunta de Dominique
Por que escolheu o hipismo?
Por nascer numa hípica e ter pai cavaleiro.

Pergunta vinda do cavaleiro José Bueri
Qual sua opinião sobre o processo de seleção para equipe Brasileira?
Acho que o processo seletivo deveria ser realizado no Brasil e de forma objetiva ou seja, quem ganhar recebe a vaga. Vale lembrar que a forma sempre foi subjetiva e sendo assim sempre pode haver desconfiança em relação a ser ou não a melhor equipe.

Pergunta de Lívia Favier
O que mais gosta no hipismo?
O dia a dia, vendo o bem estar dos cavalos nos piquetes.

Pergunta de Letícia Fernandes
Você já teve vontade de desistir de praticar hipismo?
Com quantos ano teve seu primeiro cavalo?
Algumas vezes tive vontade. Mas está no sangue, então não consegui parar.
Tive meu primeiro cavalo com uns 19 ou 20 anos.

Pergunta de Isa Buium
Qual é o nome do seu primeiro cavalo?
Musk. Não era exatamente meu, mas gostava dele e cuidava como se fosse.

Pergunta de Luiza Morroni
Qual é seu cavalo favorito no momento?
Hoje meu melhor cavalo é Forest Phinox, já ganhamos juntos dois Grandes Prêmios.

Pergunta de Vida Martins
Teve alguma dificuldade no início de sua carreira no hipismo? Qual?
Sim. Muita dificuldade financeira mas várias pessoas me ajudaram ao longo da minha carreira.

Pergunta de Lucas Rodrigues
Como trabalha seus cavalos?
Com a maior simplicidade possível.

Pergunta de Vitork Siqueira
Você dá clínicas pelo Brasil? Quando e onde é a próxima?
Dou sim. A próxima será em Fortaleza no Ceará, no mês de agosto.

Pergunta de Bianca Maretto
Uma dica para os cavaleiros e amazonas iniciantes.
O bom cavaleiro deve ter disciplina e paciência consigo mesmo e com seu cavalo também.

Pergunta de Rafaella Gomes Margato
Ela tem 11 anos e salta 0,90m, treinando diariamente e vê jovens com apenas um ano a mais que ela saltando 1,20m. Algumas vezes desanima com o esporte. Rafaella quer saber se começou a montar muito tarde.
Comecei a montar com sua idade Rafa. Acredite e você poderá chegar onde quiser, pois você e muito nova. Força e conte comigo!

Gostaria de agradecer ao Felipe por ter aceito o meu convite e ter respondido com simpatia e bom humor a todas as perguntas. E aproveito para deixar aqui um agradecimento especial aos leitores que mandaram suas perguntas com tanto carinho.