Rui Albuquerque publicou em sua coluna no site Terra uma história contada pelo antropólogo Luiz de Almeida Marins.
O relato era o seguinte:
Um sujeito queria vender seu cavalo. Apareceu um interessado e ele falou que o animal era sen-sa-cio-nal, que o venderia apenas por estar com dificuldades financeiras. “O cavalo me acorda toda manhã, prepara o café, depois o almoço, arruma toda a casa e tenho que me desfazer dele por apenas um milhão de reais!”
O interessado, maravilhado, levou o alazão para sua casa. Seis meses depois, procurou o vendedor e o ameaçou: “Você é mentiroso, o cavalo é um engodo. Ele quebrou meus móveis, fez o maior estrago na casa e espalhou merda em tudo”. Botando o dedo indicador nos lábios, o vendedor sussurrando aconselhou: “Fale baixinho, não grite, senão você não vende o cavalo…”
Esse caso me fez pensar como os cavalos que estão venda muitas vezes são valorizados ou desvalorizados, de acordo com o interesse do interlocutor.