O Paraná voltou a ser área livre do mormo, doença que ataca cavalos. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) eliminou o foco da doença encontrado no Estado e restabeleceu a normalidade para o trânsito e aglomeração de cavalos. A portaria, assinada pelo diretor presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, no último dia 15, condiciona a liberação à apresentação de certificado de sanidade dos animais por meio de exames negativos para a doença, quando os cavalos forem procedentes de estados que ainda registram a doença.
Atualmente há registro da presença de mormo nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e São Paulo. “Portanto, os animais provenientes desses estados devem apresentar o certificado de sanidade exigido”, observou Kroetz.
O trânsito de cavalos no estado do Paraná estava sob restrições desde agosto de 2013, quando foi encontrado um caso positivo da doença no município de Paraíso do Norte. O serviço veterinário oficial encontrou um cavalo, que apesar de não apresentar sintomas, teve resultado positivo para o mormo durante prova sorológica.
O animal era criado para esporte num haras e, imediatamente após o diagnóstico, foi feito o monitoramento da propriedade e a coleta de sangue dos demais 93 equinos existentes no local. Apenas mais um apresentou resultado positivo, embora sem sintomas também. Os animais infectados foram sacrificados em outubro de 2013.
No Brasil, a incidência do mormo é de notificação obrigatória junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que recomenda nesses casos o sacrifício dos animais. O procedimento foi adotado em consonância com a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Kroetz, na propriedade onde foi detectado o foco, a Adapar executou todos os procedimentos de saneamento da propriedade, como a vigilância e testes laboratoriais durante todos esses meses. Sem o registro de mais casos positivos, o trânsito de animais foi normalizado.
MORMO- O mormo ou lamparão é uma doença infectocontagiosa de cavalos provocada por bactérias que podem ser transmitidas ao homem e a outros animais. O período de incubação varia de dias a até meses, dependendo do estado sanitário do animal hospedeiro como situações de estresse e intensidade de exposição ao agente causador.
Na forma clínica os animais com a doença são acometidos de febre, fraqueza, prostração, podendo apresentar lesões nas mucosas nasais, nos pulmões ou na pele, com incidência de catarros e pneumonia. O mormo, em sua fase aguda, leva o animal à morte em 1 a 4 semanas.
Fonte: Governo do Paraná