A leitora Karina Friedrich me enviou um e-mail contando de suas aventuras a cavalo.
Ela narrou seus passeios a cavalo junto com sua filha, até ai parece algo que todo mundo faz, mas o que me chamou atenção é que elas saem montadas em seus equinos pelo meio da cidade de Porto Alegre. Fico imaginando a aventura que é conduzir equinos pelas ruas de uma capital, por isso com a autorização da Karina resolvi dividir o relato com vocês.
Os gaúchos tem uma ligação histórica com cavalos, talvez por isso ver pessoas a cavalo pela cidade não seja algo tão incomum.
Karina e sua filha Anna costumam passear a cavalo pela cidade, para isso vão de ônibus até a fazenda onde seus cavalos ficam e pegam os animais para sua excursão. Esses passeios tem até paradinha no shopping para tomar sorvete.
A mãe monta um garanhão de 37 anos e sua filha uma pequena pônei. Juntos os 4 formam uma tropa, onde um defende o outro. O macho afasta todos que chegam mais agressivamente. Quando a poneizinha tem medo de algo se escora no cavalo e quase esmaga as pernas de Karina contra os ombros de Anna. Quando o equino mais velho da tropa sente insegurança a humana mais velha desce e toma a dianteira, todos a seguem, pisando nas suas pegadas.
Passear a cavalo na cidade é uma arte, As gaúchas seguem uma técnica especial. Nem todo horário e todo o dia da semana se pode usar todas as vias, atravessar a rua somente na faixa de segurança com semáforo, subir na calçada só a ponei, que é leve, não usa ferraduras e porta uma criança. Quando anoitece, usam bandas reflexivas na ponei e pulseiras de neon nas patas do baio. Karina conta que fica um pouco fantasmagórico mas que é bem eficiente. Junto a sela elas levam celulares, faca e ainda um balde dobrável. A regra mais importante é que ninguém come ou bebe se os cavalos também não puderem fazer, é uma forma de controlar a atividade e não deixar os animais passarem necessidade durante a jornada.
Eu adorei o depoimento da Karina e me deu muita vontade de poder fazer o mesmo aqui na minha cidade com meu cavalo. E você já fez alguma aventura parecida com essa?