Os olhos de milhões de pessoas que acompanham corridas de cavalos estavam voltados, no último sábado (09/04), para o Grand National britânico, a maior corrida com obstáculos do mundo e que distribui mais de R$ 2,5 bilhões em prêmios.
Estima-se que 600 milhões de pessoas em todo o mundo assistiam ao páreo, realizado em Liverpool, que acabou em confusão: dois cavalos morreram durante o evento, o que reforçou a voz de entidades protetoras dos animais no Reino Unido que já protestavam na corrida classificada como uma das mais “assustadoras” da história.
O jornal britânico Daily Mail chamou a corrida de “grande carnificina nacional”. Segundo a publicação, metade da população adulta no Reino Unido apostou nesta corrida, o que movimentou cerca de R$ 400 milhões.
Apenas 19 dos 40 competidores que iniciaram a prova chegaram até o fim. Tony Moore, presidente da “Luta Contra a Crueldade Animal na Europa”, levou um grupo de cerca de 40 pessoas que se manifestavam fora do autódromo.
Após a corrida, ele disse: “Se eles realmente se preocupam com os cavalos, porque é que os proprietários, jóqueis e treinadores colocá-los por esta dificuldade? Nós continuaremos a campanha de sensibilização para esta tragédia e talvez consigamos mudar algo, fazendo as pessoas pensarem sobre a que elas estão submetendo os cavalos.”
Um comentárista da rede BBC ironizou o corpo deitado de um cavalo morto, classificando-o como obstáculo, e também foi alvo de ativistas.
“O público se engana ao acreditar que o Grand National é um espetáculo esportivo, quando, na realidade, é o abuso de animais simples que está em pé de igualdade com as touradas espanholas. Esta corrida não deve ter nenhum futuro em um país civilizado. A BBC merece condenação especial, é particularmente cruel e repugnante que um membro da sua equipe de comentaristas descreva os cavalos mortos como obstáculos”, diz Andrew Tyler, da Animal Aid.
O Jockey Peter Toole foi para o hospital em estado crítico e está em coma.
Fonte: PorFora das Pistas
Foto: Daily Mail
Dica: Vanessa Serrão