No Globo Rural da semana passada mostraram um projeto muito interessante que visa certificar os Haras de criação de cavalos para o esporte com a preocupação do bem-estar do animal.
Para ganhar o certificado a propriedade tem que seguir algumas normas que foram baseadas na metodologia da Rede de Agricultura Sustentável do Selo Internacional Rainforest Alliance. E definido por um grupo de veterinários, biólogos e agrônomos do Instituto Biotrópicos. Ganhou o nome de Sela Verde. Para conseguir a certificação, é preciso seguir critérios em três áreas: trabalhista, ambiental e bem-estar animal.
O primeiro haras certificado no Brasil fica em Amparo, São Paulo, criador de cavalos Mangalarga Marchador, criados para todo o tipo de atividade: passeio, trabalhos no sítio ou fazenda e para competições.
A certificação prevê critérios para a doma dos animais. De maneira alguma, é permitido o uso de violência. Nada de gritos ou castigo para o cavalo que não quer obedecer. É bom lembrar que é comum ver por aí cavalos domados pela imposição do medo e do uso de técnicas violentas. Além do jeito certo de lidar, existe a hora para começar a doma.
De acordo com a certificação, do desmame até os dois anos, o animal não pode ser submetido a nenhum tipo de treinamento. A montaria, só depois dos três anos.
A inseminação artificial é permitida, mas a monta natural é a mais aconselhada. A transferência de embriões é que tem um limite. A doadora só pode ter no máximo três embriões confirmados por ano, para diminuir o excesso de manipulação da fêmea e para ela possa ter também uma qualidade de vida digna.
E uma determinação importante: é proibido o uso de artifícios para melhorar a musculatura ou de qualquer substância que altere a performance natural do cavalo, o chamado doping.
Os custos para ter o selo, só com auditorias e pré-certificação, chegam a R$ 10 mil com validade por três anos.
Adorei ver que tem gente preocupada com o bem-estar dos animais e não somente com as competições.
Fonte: Globo