Notícia preocupante sobre o hipismo na Olimpíada 2016.
O Centro de Hipismo da Olimpíada Rio 2016, em Deodoro, pode não ser mais o palco das disputas da modalidade no evento do ano que vem. Aliás, as provas poderão ocorrer até mesmo fora do país, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni.
Durante entrevista coletiva na Sociedade Hípica Paulista nesta quarta-feira (07/10), o dirigente falou que há uma pendência por parte do Ministério da Agricultura. E, se isso não for resolvido até o fim de outubro, as etapas olímpicas do hipismo em 2016 podem ocorrer em solo estrangeiro.
“Nosso problema é com o Ministério, não há nenhum acerto do certificado sanitário com Europa, Estados Unidos e Canadá. Os europeus, norte-americanos e canadenses não têm garantias de trazer os cavalos para cá e serem encaminhados de volta. Estamos atrasados com isso, a comunicação com o Ministério é ruim, eu já tenho uma coleção de e-mails – estou protocolando agora – e não tenho resposta”, declarou Giugni.
“Tive uma reunião ontem com a federação internacional. Se o problema não for resolvido até o fim do mês, corremos o risco de não ter o evento no Brasil. Volto a dizer que a situação é complicada e também muito simples. É questão de não se criar o protocolo. Fazer não é o problema. Parece que a vontade de fazer é o ponto sensível”, afirmou.
O presidente ainda comentou que não há adversidades quanto ao estabelecimento em Deodoro.
“Deodoro não é mais um problema para a gente, depois do evento teste (em agosto). A pista de cross foi aprovada, o piso está impecável. Impecável também está o piso da pista de salto. O governo do Rio de Janeiro fez um esforço muito grande para deixar tudo em dia. As perspectivas estão perfeitas. Também há um vazio sanitário, não tem nenhum cavalo lá há oito meses, a região está livre”, disse.
Na Olimpíada de 2008, uma situação similar à que pode acontecer no Brasil foi vivenciada. Isso porque as disputas do hipismo ocorreram em Hong Kong, já que Pequim não tinha condições de assegurar que os cavalos ficariam sem o risco de serem infectados e pegarem doenças.
Já em 1956, os Jogos Olímpicos ocorreram em Melbourne, e a disputa do hipismo, em Estocolmo. A alteração foi necessária, porque a lei australiana determinava que houvesse uma quarentena de seis meses de cavalos oriundos de outro país. A dipusta do esporte, no fim, aconteceu em junho, cinco meses antes da Olimpíada.