Você e seu cavalo no Hipismo&Co:
Agatha Damberg

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Nome:
Agatha Damberg, 17 anos.

Nome do Cavalo:
Meu cavalo se chama Trovão.

Onde monta:
Já montei no Centro Hípico de Cotia (CHIC), Hotel Fazenda Hípica Atibaia (HFHA), Hípica Equilibre, e algumas aulas na Hípica Morumbi e adestramento na Lorian Matarazzo. Atualmente monto na Sociedade Hípica Paulista (SHP), mas no início desse ano fui morar na Flórida, onde trabalho com equoterapia e treinamento de cavalos no TiAnViCa Riding Academy e tenho aulas de salto do English Oaks Equestrian Center.

Modalidade/altura/ categoria:
Já fiz um pouco de tudo: adestramento, tambor, enduro, mas meu coração mesmo está no salto. No início deste ano antes de vir para os EUA eu estava competindo em provas de  0,90m.

Quando você começou no hipismo? Você se lembra da primeira vez em uma hípica?
Minha vó diz que eu comecei a montar com 3 anos. Lembro de um acidente que aconteceu em um dos primeiros dias das aulas de equitação. Eu estava montando Piaget, o cavalo professor da hípica, que devia ter em torno de 26 anos. Eu, sabendo muito pouco como controlar o cavalo, estava deixando ele andar para onde queria e fazer o que queria. Não sei exatamente como aconteceu, mas só sei que ele decidiu deitar naquela areia fofa. Saí rolando para longe, por sorte não fui esmagada.

Qual foi sua prova inesquecível?
As provas internas da SHP são as minhas favoritas. É um ambiente legal, com todas as amigas torcendo, gritando, cantando no reconhecimento e é sempre divertido na hora da premiação. Tudo pode acontecer nessas provas. Já aconteceu de um gato entrar na pista na frente do meu último obstáculo (e eu com o tempo perfeito), do meu cavalo não estar selado em tempo, de chegar no aquecimento muito tarde ou muito cedo, abrir/fechar a pista e ganhar primeiro lugar. E várias outras coisas. São esses momentos que eu mais gosto em provas, isso que faz toda a experiência divertida e não só sair de uma competição cheia de medalhas e escarapelas.

Você tem algum ritual antes da prova?
Não tenho um ritual de prova exato, além de cantar todas as músicas que tocam na hora do reconhecimento de pista.

Qual seu concurso preferido no Brasil?
Não tenho um preferido, gosto de assistir todos e participar dos que posso.

Existe alguma prova da qual gostaria muito de participar?
Olimpíadas. Hahaha, brincadeira. Um sonho muito distante. Quero participar de alguma prova em Wellington, nos EUA.

Qual seu ídolo no esporte?
Além dos brasileiros mestres como Pessoa, Doda e Luiza Almeida, gosto da australiana Edwina Alexander.

O que você mais gosta no ambiente hípico? E o que você mudaria?
O que eu mais gosto são as experiências que o hipismo proporciona. Sejam as provas, as amigas sempre te apoiando e torcendo, conhecer gente nova. Aqueles que montam sabe como é louca sensação de um salto mais alto, uma pista bem feita, um relincho do seu cavalo quando você chega com cenoura, ou um simples olhar dele com as orelhas pra frente enquanto você vai embora. Gosto muito disso.
O que eu mudaria provavelmente seria o esquema de conseguir patrocínio. Principalmente no salto, que é uma modalidade cara e disputada. Sim, uma mensalidade em uma hípica não é um valor assustador, mas uma vez que você começa a ganhar gosto pela coisa e quer poder participar de mais coisas e mais provas, o preço começa a subir e você precisa abrir mão de muitas coisas. Eu sou uma dessas pessoas, não subi de categoria por falta de cavalo, não vou em prova de 3 dias porque não consigo. Eu gostaria que fosse mais fácil conseguir patrocínio, tem muita gente por aí com talento e que precisa de um encorajamento e apoio.

O que o hipismo mudou na sua vida?
O hipismo é a minha vida. Mexer com cavalos é o que eu faço a minha vida inteira e o que eu vou continuar fazendo.

Você tem alguma música ou filme que te inspira nos seus treinos? Qual?
Não tenho nenhum filme ou música específica, mas eu assisto muito um seriado chamado Heartland que me deixa morrendo de vontade de fazer o que a protagonista faz. Em um episódio ela estava experimentando Trick Riding e eu fui experimentar Volteio por causa dessa cena.
Música country é ótima pra ouvir enquanto está fazendo um passeio na trilha ou algo do tipo.

Qual foi o cavalo que mais te deu alegria e porque?
O meu. Ele veio de uma cidadezinha pequena no interior de São Paulo chamada Varpa. Ganhei ele quando nós dois tínhamos 10 anos de idade. Ele veio de uma fazenda onde era muito maltratado, portanto tinha medo de tudo e de todos. Com o tempo ele foi se acostumando e acalmando. Ensinei ele a saltar e a passar no tambor. Ele é meu maior orgulho!

O que seu cavalo representa pra você?
Meu refúgio. Onde eu posso ir quando o dia foi ruim. Estar com os cavalos é a melhor parte do dia. Nada que um bom galope não resolva.

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