Você e seu cavalo no Hipismo&Co:
Ana Cristina Mattos Abreu de Freitas

Hoje na véspera de Natal a entrevistada é a amazona Ana Cristina de São Paulo.

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Nome:
Ana Cristina Mattos Abreu de Freitas

Nome do cavalo:
Giotto TW

Onde monta:
Sociedade Hípica Paulista (SHP)

Modalidade/altura/categoria:
Salto/0,90m

Quando você começou no hipismo?
Comecei aos 6 anos de idade, em 1998.

Qual foi sua prova inesquecível?
Foi a última prova que participei, uma prova interna da escola de hipismo. Fazia muito tempo que eu não ficava na liderança e marcou um longo tempo de treino que finalizou com o melhor resultado possível. Ficará pra sempre na memória.

Você tem algum ritual antes da prova ?
Gosto de olhar o máximo de pistas que eu conseguir, me acalma, me faz sentir confiante. Antes de preparar meu cavalo eu tenho que estar nessas condições.

Qual seu concurso preferido no Brasil?
Athina Onassis, foi o primeiro que eu assisti na vida e fui acompanhada de uma amiga.

Existe alguma prova da qual gostaria de participar?
Nenhuma específica, talvez no futuro eu pense sobre isso.

Qual seu ídolo no esporte ?
É uma pergunta meio difícil uma vez que eu não tenho muita preferência, mas se for pra escolher, seria a Luciana Diniz.

O que você gosta no ambiente hípico? E o que você mudaria?
Gosto da companhia, tanto dos animais como dos amigos, além do fato que ver pessoas montando e treinando me deixa bem humorada. Se eu pudesse mudar algo seria voltado para melhorar o conforto dos cavalos e dos tratadores.

O que o hipismo mudou sua vida ?
Me ensinou muita coisa, começando por aprender a ser paciente, depois fui aprendendo a confiar em mim mesma e no meu cavalo e também reforçou algo que nunca duvidei: criaturas tem sentimentos e personalidades, temos que respeitá-los como se fosse um dos nossos e tentar se comunicar com eles ao invés de impor ordens sem razão.

Você tem alguma música ou filme que te inspira nos seus treinos ?
Eu tenho inúmeras músicas que gosto de escutar antes e depois dos treinos, quase todas são rock clássico. Mas se tem uma música que eu apontaria como a melhor seria Gerudo Valley – Koji Kondo, além do violão da música me lembrar o barulho galope, é a trilha sonora de um dos meus jogos favoritos, me lembra da ligação de confiança tão forte do herói e seu cavalo que os dão coragem para saltar uma fenda de um Canyon.

Qual foi o cavalo que mais te deu alegria e porque ?
Foi o Giotto, eu e ele nos conhecemos em uma época estranha, em que eu ainda não conhecia ninguém lá na hípica. Quando tentei ter um contato com ele pela primeira vez ele era meio tímido então fui encorajando-o a tentar conversar comigo. Com o tempo eu passei a treinar mais e mais com ele até voltar a competir, primeiramente em 0,80m (fiquei em 1º mas depois fui piorando) pra depois subir pra 0,90m (que tiramos nosso 1º lugar novamente). Enfrentamos muita coisa e em um episódio eu até comecei a acreditar que poderia não ver ele mais, pois ele tinha saído da hípica. Mas assim que ele voltou e a dona antiga dele disse que estava à venda tomei a decisão de comprá-lo. Não podia ter escolhido melhor cavalo.

O que seu cavalo representa pra você ?
Parte de mim, um extensão do meu corpo que pensa por si só. Ele sabe quem eu sou e eu sei do que ele é capaz. Se estivermos numa prova e eu tomar uma decisão com certeza não tomei sozinha, consultei ele primeiro.

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Veja as outras entrevistas da seção “Você e seu cavalo no Hipismo&Co” aqui.

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Fotos: Arquivo Pessoal Ana Cristina Mattos Abreu de Freitas.