A entrevista dessa semana é com a Fernanda Murakami, que além de ser uma jovem amazona em Recife é também autora do blog www.atletadohipismo.blogspot.com.br.
Nome:
Fernanda Murakami,17 anos
Nome dos Cavalos:
Zatack e SL Sensitive II
Onde monta:
No Caxanga Golf e Country Club (na verdade é o único lugar que eu já treinei)
Modalidade/altura/ categoria:
Salto,categoria escola principal (0,90m)
Quando você começou no hipismo? Você se lembra da primeira vez em uma hípica?
Eu comecei quando criança mas ou menos aos 8 anos mas depois de um tempo tive que parar. Em junho de 2010 voltei a praticar hipismo. Sempre gostei muito de cavalos e quando minha mãe me mostrou o esporte fiquei muito feliz e fui com ela no clube hípico e fiquei olhando os cavalos, achando um mais bonito do que o outro e claro com uma felicidade enorme e um sorriso no rosto.
Qual foi sua prova inesquecível?
Eu não posso dizer que só teve uma prova que me marcou pois na verdade tiveram duas muito importantes. A primeira foi na minha primeira viagem hípica (no ano passado) em Maceió, que com meu cavalo Zatack fiquei em primeiro lugar geral. Considero que foi mais mérito dele do que e meu, mas tudo bem. A outra prova foi recentemente, dessa vez com o Point Boy. Foi um Campeonato Pernambucano onde meu treinador não pode estar pois tinha outra competição em Brasília. Então fui instruída por outro profissional que também é muito bom. Como não era o meu professor fiquei um pouco mais nervosa e ainda para piorar a prova estava mais forte pois era para servir como treinamento para o brasileiro. Mas no final deu tudo certo e fiz pistas limpas os dois dias e ficamos em 1° lugar geral.
Você tem algum ritual antes da prova?
Eu reparei que a maioria das pessoas não tem, mas eu tenho sim. É meio inconsciente, um dia antes da competição eu assisto as minhas pistas de provas anteriores. Vejo o que eu errei para tentar não repetir e também como geralmente salto os mesmos cavalos procuro ver nas filmagens e lembrar as suas manias. Como por exemplo se ele cai para algum lado específico. Na hora da competição procuro ficar na minha sem conversar ou me distrair muito, prestando atenção nas pistas dos atletas mais experientes.
Qual seu concurso preferido no Brasil?
Gosto muito dos campeonatos no Sítio Chuin na Bahia. O local e a pista são muito bonitos.
Existe alguma prova da qual gostaria muito de participar?
Como nunca fui competir no Sul ou Sudeste, uma amiga minha, que faz o circuito nacional, disse que gosta muito das provas no Haras Agromen. Com isso fiquei com vontade de ir para lá tanto para saltar quanto para conhecer o lugar.
Qual seu ídolo no esporte?
Tenho na verdade 2 ídolos. O primeiro de todos é o meu treinador, Coronel Weldon Nogueira, que é quem faz com que eu me aprimore no esporte e me entende, além de me aguentar no dia a dia de treino. O outro é o cavaleiro Rodrigo Pessoa, pois foi através dele que eu descobrir que é possível crescer através do hipismo e fazendo o que eu quero fazer.
O que você mais gosta no ambiente hípico? E o que você mudaria?
Primeiramente gosto muito do cheiro, parece até brincadeira mas eu amo o cheiro dos cavalos. Também gosto da relação de atleta e cavalo. O que mais me incomoda é a briga por classificação, pois eu penso que você e seu cavalo devem entrar na pista, darem o seu melhor e esperar o resultado, sem desejar o mal dos outros. Pois como o meu treinador diz “o verdadeiro atleta vai mais perder do que ganhar, pois ele vai participar de várias competições”.
O que o hipismo mudou na sua vida?
Eu acho que o hipismo me ensinou e não me mudou. Aprendi a superar o meu nervosismo, a confiar em um animal de 600kg e voar com ele. Vi que fazer falta não é o fim do mundo, se cair é só levantar e ir montar de novo. O esporte me mostrou que 99% das vezes dos erros a culpa vai ser minha. Aprendo com o hipismo cada vez mais.
Você tem alguma música ou filme que te inspira nos seus treinos? Qual?
Sem pensar duas vezes digo que a música é Hall of Fame. Amo essa música e acho que foi feita especialmente para mim (brincadeira, mas a música é muito boa).
Qual foi o cavalo que mais te deu alegria e porque?
Zatack. Ele foi o meu primeiro cavalo, o ganhei no meu aniversário de 15 anos (queria um desde os meus 8 anos). Ele teve muita paciência comigo quando eu não sabia nem o que era distância. Ganhou unas provinhas para mim de quebra.
O que seu cavalo representa pra você?
Meus cavalos são praticamente tudo para mim. Sem eles eu não conseguiria viver. Uma vez eu escute uma menina falando que não conseguiria viver sem o namorado e que ao lado dele só precisava de água e comida para sobreviver. É assim que eu vejo os meus “gordos”.
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Fotos: Arquivo Pessoal Fernanda Murakami