Você e seu cavalo no Hipismo&Co:
Lauren Campos

A entrevista dessa terça é com a Lauren, uma jovem que herdou de sua mãe o amor pelos cavalos.

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Nome:
Lauren M.S.Campos

Nome do Cavalo:
Nunca tive cavalo próprio, monto os cavalos da hípica onde minha mãe trabalha. Futuramente espero comprar um cavalo novo, e minha mãe vai treina-lo.

Onde monta:
Monto no Centro Hípico de Itu, amo a equipe de lá, uma hípica diferente, onde todos são unidos o que é difícil ver em outros lugares e os cavalos da hípica são demais.

Modalidade/altura/ categoria:
Prático salto, no momento estou treinando pista de 1,00m /1,10m, só fiz uma competição de 0,80m. Estranho dizer que faço hipismo a 5 anos e competi só uma vez, mas na hípica onde eu estava não tinha como competir, eu teria que ter um cavalo próprio.

Quando você começou no hipismo? Você se lembra da primeira vez em uma hípica?
Bom, minha mãe trabalhava na cavalaria, com equoterapia e me colocava quando eu era um bebê em cima dos cavalos. Com uns 8 pra 9 anos comecei a montar no Clube do Cavalo onde minha mãe trabalhava na época. Lá praticava tambor e baliza, fiquei uns meses apenas nesse local, logo mudei para o Haras Kaina, onde a modalidade era o adestramento, fiquei pouco tempo também por lá e fui para o Haras Monte Cristo, onde comecei o salto. Nesse Haras montei por quase 5 anos. Nesse tempo tive algumas aulas de adestramento também, com uma professora Suíça, foi incrível.

Qual foi sua prova inesquecível?
Competi apenas uma vez, e logo vou competir novamente, ainda não tenho uma prova inesquecível. Mas na minha primeira consegui um terceiro lugar. Foi muito engraçado, porque quando entrei na pista, bateu o sino e eu comecei meu percurso, nesse momento um outro cavalo ” invadiu” a pista, eu tive que parar e começar de novo.

Você tem algum ritual antes da prova?
Não, procurei manter a calma e conversar com o meu cavalo apenas.

Qual seu concurso preferido no Brasil?
Athina Onassis Horse Show, acho incrível!

Existe alguma prova da qual gostaria muito de participar?
Por enquanto não, mais para frente talvez Athina Onassis Horse Show e Rolex Fei World Cup, mas isso vão ser apenas sonhos, sei que infelizmente não teria condições.

Qual seu ídolo no esporte?
Vários. Eu acho incrível o Kevin Staut, assim como o Ludger Beerbaum, Edwina Alexander, Pénélope Leprévost, entre outros. Cada um deles têm seu próprio jeito de montar, técnicas, etc…

O que você mais gosta no ambiente hípico? E o que você mudaria?
Em primeiro lugar os cavalos, com certeza. Amo chegar na hípica quando está frio e abraça-los, sempre estão quentinhos. Fico feliz só de estar com eles.
Se eu pudesse mudar algo, mudaria muitas coisas. Mas algo que me deixa muito triste é ver que tem muitas pessoam na hípica montam, descem do cavalo e vão embora, nem um carinho fazem nos cavalos. Eu cuido com tanto carinho dos cavalos que monto, mesmo não sendo meus, imagina se fossem meus.

O que o hipismo mudou na sua vida?
O hipismo mudou muita coisa, mas nem tanto como os cavalos. Posso dizer que se não fossem eles eu não seria quem sou hoje. Aprendi muita coisa com os equinos.

Você tem alguma música ou filme que te inspira nos seus treinos? Qual?
Escuto música country e gosto de ouvir “Animal – Miike Snow”, sempre canto essa música quando estou montando. Os filmes que eu gosto são “O Encantador de cavalos” e “Seabiscuit”, são demais.

Qual foi o cavalo que mais te deu alegria e porque?
Na hípica onde eu estava antes, tinha um cavalo que ninguém montava, como minha mãe dava aula lá me colocou para monta-lo. Era um anglo-árabe, que estava sem trabalho, sem contar que ele era quente demais e eu ainda não sabia como montar direito. Na primeira vez que subi nele, chorei de tanto medo, então minha mãe disse que se eu não montasse ele não iria mais na hípica, fiquei uma semana sem ir. Até que eu criei coragem e fui, comecei a montar o anglo-árabe e percebi que ele era perfeito. Fiquei louca por ele e então só queria treinar com ele, anos se passaram e praticamente ele era meu cavalo, era meu irmão. Não tive essa ligação forte com outro cavalo além dele,nos dias tristes eu chegava e corria direto ao piquete, ele vinha até onde eu estava aquele olhar era tão lindo que eu acabava esquecendo tudo de ruim. Eu tinha TOTAL confiança nele, o cavalo mais manso do mundo, chamava Homero, posso dizer, ele mudou minha vida. Amava monta-lo sem sela e saltar, acho que montava mais sem sela do que com. Mas infelizmente minha mãe parou de trabalhar lá, e não pude ve-lo novamente, foi a pior coisa que me aconteceu. Já faz alguns meses, mas ainda choro de saudade dele. Para mim era mais que um animal de estimação ou um simples cavalo, era o cavalo que eu cuidava, brincava e treinava. Por isso posso dizer que ele foi o que mais me trouxe alegria.

O que seu cavalo representa pra você?
Bom, é difícil essa pergunta, nunca tive um, apenas o Homero que foi como um irmão para mim. Mas agora na nova hípica não tenho como “adotar ” um cavalo, cada vez monto um, mas tenho paixão por todos.

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Fotos: Arquivo Pessoal Lauren Campos